Ele trazia sempre à mão
As flores do seu jardim
A certeza das respostas
A doçura do sim
A solução de todos os conflitos
As razões e os portuquês
As estratégias pra melhor combater
Mostrava conhecer o rumo
E os percalços da caminhada
O ponto certo para o descanso
E quando prosseguir a jornada
Indicava ao viajante
Estalagens à beira da estrada
(servia o vinho e o pão sem exigir nada)
Olhos fixos no futuro
Caminhava com os pés nus
Sobre os campos, ave noturna
Semeando a plena luz
Suas palavras eram como a brisa
Diluindo o vendaval
Eram lágrimas fecundando a chuva
O Tempo sopra como o Vento
Sementes pedem o Tempo pra germinar